Pesquisadores identificaram quatro subfenótipos clínicos distintos de longa duração da COVID-19 usando registros eletrônicos de saúde. Essa descoberta tem implicações significativas para o tratamento e manejo das condições de longa duração da COVID-19.

Estudos já mostraram que pacientes com COVID-19 podem sofrer de uma ampla gama de condições e sinais envolvendo vários sistemas de órgãos após a fase aguda da infecção por SARS-CoV-2, incluindo problemas cardiovasculares, metabólicos e neurológicos. Esses estudos apoiam a existência dessas sequelas como aspectos da chamada 'longa COVID', mas ainda não está claro se elas são mais propensas a aparecer individualmente ou em certas combinações. Para preencher essa lacuna de conhecimento, pesquisadores analisaram os registros eletrônicos de saúde de pacientes de duas grandes redes de pesquisa clínica dos EUA, INSIGHT e OneFlorida+, que incluem pacientes principalmente de Nova York e Flórida. Usando uma abordagem analítica baseada em modelagem de tópicos, eles identificaram quatro subfenótipos distintos de longa COVID que correspondem a grupos de pacientes com padrões semelhantes de incidência de condições. Os subfenótipos identificados foram: 1) condições cardíacas e renais; 2) problemas respiratórios, de sono e humor; 3) condições musculoesqueléticas e neurológicas; e 4) problemas digestivos e do sistema respiratório. Essa descoberta revolucionária tem implicações significativas para o tratamento e manejo das condições de longa duração da COVID-19, permitindo aos profissionais de saúde adaptar as abordagens terapêuticas de acordo com os diferentes subfenótipos encontrados nos pacientes.