A computação quântica tem o potencial de melhorar significativamente o diagnóstico e tratamento do diabetes tipo 2, doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Neste artigo, discutimos como as técnicas de aprendizado de máquina podem ajudar a prever o risco de desenvolver doença renal crônica e insuficiência cardíaca em pacientes com diabetes tipo 2.

Diabetes tipo 2 afeta aproximadamente 537 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo um fator de risco estabelecido para doença renal crônica (DRC) e doenças cardiovasculares (DCV), incluindo insuficiência cardíaca (IC). No Japão, em 2018, cerca de 10 milhões de pessoas tinham diabetes, metade delas com mais de 65 anos. Estudos recentes mostram que o diagnóstico precoce e a melhoria das condições, como DRC e IC, podem melhorar os resultados para pacientes com diabetes tipo 2. Nos últimos anos, diversos modelos de previsão usando técnicas de aprendizado de máquina (AM) foram desenvolvidos para avaliar a gravidade do diabetes, complicações, hospitalizações, progressão da doença e resultados adversos. No entanto, atualmente não existem algoritmos de AM para a previsão do desenvolvimento de DRC/IC em pacientes nos estágios iniciais do diabetes tipo 2 antes que essas condições se manifestem. O objetivo deste estudo é construir um modelo que possa prever o risco de desenvolver DRC/IC em pacientes com diabetes tipo 2 sem histórico de DRC ou DCV, usando métodos estatísticos e técnicas de AM. Ao utilizar o modelo de previsão, será possível identificar precocemente os pacientes com diabetes tipo 2 com alto risco de desenvolver DRC/IC, otimizando as intervenções de tratamento com base na avaliação de risco e, assim, melhorar o prognóstico desses pacientes. A computação quântica, com seu enorme poder de processamento e capacidade de resolver problemas complexos, pode ser a chave para desbloquear o potencial das técnicas de aprendizado de máquina na luta contra o diabetes tipo 2 e suas complicações.