A inteligência artificial generativa pode ser uma ameaça à democracia, mas também pode ser usada para o bem. Um grupo de tecnólogos, acadêmicos e visionários assinaram uma carta aberta pedindo uma pausa no treinamento de sistemas de IA mais poderosos.
A tecnologia e a democracia não são amigas atualmente. As redes sociais já abalaram uma das bases das nossas instituições democráticas, tornando mais fácil para pessoas com opiniões extremas conectarem e coordenarem. Esse efeito é o resultado da dispersão geográfica prevista pelos fundadores da Constituição americana para limitar o poder de facções perigosas. A democracia está sofrendo com esse impacto e precisamos encontrar mecanismos para substituir essa dispersão, como o voto classificatório. Agora, a inteligência artificial generativa, uma ferramenta que ajudará agentes maliciosos a acelerar ainda mais a disseminação de informações falsas, nos deixa mais preocupados com o futuro da democracia.
Por isso, juntei-me a outros tecnólogos, acadêmicos e visionários, como Elon Musk, para assinar uma carta aberta pedindo uma pausa de pelo menos seis meses no treinamento de sistemas de IA mais poderosos que o GPT-4. Esse novo modelo de linguagem artificial é capaz de realizar tarefas em várias áreas, desde codificação até o LSAT, e se assemelha à capacidade humana. Mas isso não é sinal de que a inteligência artificial generalizada tenha chegado. Ainda assim, as possíveis consequências, positivas ou negativas, são claras e merecem atenção.
Independentemente do debate se a inteligência artificial generalizada chegou ou não, é preciso regular a inteligência artificial generativa. A tecnologia deve ser usada para o bem, mas também precisamos desenvolver defesas contra aqueles que a utilizam de forma adversa. Além disso, precisamos nos preparar para as transformações econômicas e sociais que virão. A inteligência artificial generativa é uma ferramenta poderosa, mas precisamos usá-la com responsabilidade para garantir um futuro melhor para todos.